segunda-feira, 13 de maio de 2013

"A execução de Maximiliano", de Édouard Manet


Édouard Manet foi  um pintor francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX. Conhecido como "pintor multifacetado que abriu à sua arte novos horizontes", usava em suas telas jogos de luz e sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, ao contrário dos nus adocicados da época. Os temas de suas obras passam a contar a vida cotidiana da época, e muitos de seus quadros trazem a estética naturalista de Émile Zola. Manet inspirou alguns dos precursores do impressionismo.

A obra apresentado inicialmente é de 1867, e chama-se "A execução de Maximiliano". Esta obra nasceu com a notícia do fuzilamento de Maximiliano em Paris. Manet como republicano convicto que era, logo contrário à política de Napoleão III, constrói a obra como forma de crítica ao governo de seu país. Porém "A execução de Maximiliano" apóia-se nos artigos melodramáticos e sensacionalistas que escapavam pela impressa francesa de forma clandestina ao México, onde o pintor vivia na época. Apesar disso, Manet evolui para um tratamento frio e distanciado do tema.
É visível perceber a semelhança da obra de Manet com a obra "Três de Maio" de Francisco de Goya, porém os resultados foram bem diferentes. Na tela de Manet a repetição se dá como rotina. É como se o pintor esvaziasse a execução do tirano como rotina, mas, na recepção da pintura, o percebido é a questão traumática do regicídio que motivou a censura e a negação.

Postado por: Mariana Origuela

2 comentários:

  1. Oi, Mariana gostei muita da pintura e como você disse acima, parece muito com a pintura Três de Maio do Goya que a professora nos mostrou em sala de aula. Podemos perceber assim que o realismo ele tem de certa forma características que podem ser parecidas com o romantismo, você não concorda comigo Mariana?
    Aguardo sua resposta.

    Munique Kafica

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  2. Concordo com você, Munique! A pintura acima apresenta fortes características do Realismo, como Visão objetiva da Realidade e a Arte "engajada": compromisso entre a arte e a realidade social.

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